Foi quando um forte vento lançou o barco com grande ímpeto para a direita. Roger foi lançado para dentro e os objetos do interior caíram em cima dele. No chão, caído, e com imensa dificuldade de se levantar, viu o aparelho de rádio próximo a ele. Roger se esforçou para alcançá-lo, mas a perna presa em baixo de uma mesa dificultava o empenho.
O barco era lançado cada vez mais com violência para os lados, as águas já estavam invadindo a parte externa e faltava pouco para ir a pique. Roger entrou em desespero. Nada de comunicação, sinal de alerta ou ajuda. Poderia morrer ali, afundar e nunca mais ser encontrado. O pescador começou a sentir o corpo molhado, estava quase desmaiando, mas procurava resistir.
Até que outro forte vento impulsionou o barco para um dos lados e Roger conseguiu se soltar, pegar o aparelho de rádio e tentar pedir ajuda, no entanto, não havia sinal, estava mudo, e nada do que disse pôde ser ouvido por alguém.
Roger começou a lembrar-se dos vários filmes que já havia assistido de pessoas em alto mar. “Vou morrer como elas”, pensou. “Vou ficar como um náufrago que tenta sobreviver, caso consiga chegar a alguma ilha”, imaginava.
Mas essa última possibilidade parecia ser impossível de acontecer: não havia nada próximo a ele; não havia ilha, terra firme ou uma ponta de areia à vista. Não havia nada, em absoluto! Apenas mar, água e intermináveis ventos.
As ondas levantavam-se como gigantes adormecidos, e o barco à deriva era como um brinquedo nas mãos de uma criança sem coordenação motora. Roger escutou um rompimento, e a água invadiu tão rápida e intensamente a embarcação, que não houve tempo de pegar o bote e o colete salva-vidas.
O pescador foi jogado direto no mar, e o barco afundou em inacreditáveis segundos. Foi quando esqueceu a sua experiência e se viu ínfimo em meio à grandeza do mar furioso. Não havia mais saída, estava afundando, e quando passou a sentir fortes cãibras em suas pernas, que o faziam ser engolido mais rapidamente que o esperado, percebeu um toque em suas costas, virou-se e se agarrou a um pedaço de pau que se soltara da embarcação.
E, em meio àquele cenário hostil, Roger conseguiu subir na madeira e ficar ali até que tudo se acalmasse. Ele também tentou se acalmar, e parecia não acreditar que ainda estava vivo. Até que horas depois, com o céu livre de nuvens e o sol forte castigando o seu corpo salgado pelas águas, foi salvo por outros pescadores que retornavam do mar.
Para refletir
Você pode estar em meio a um grande vendaval de problemas e mergulhado em angústias, sem nenhuma saída à vista, mas talvez precise apenas olhar em volta para enxergar a solução para tanta aflição. A ajuda pode demorar a aparecer, mas quando vier deixará você tão seguro que nada será capaz de lhe fazer afundar novamente.
O Senhor Jesus está ao seu lado. Agarre-se a Ele, pois é o Único capaz de lhe manter vivo e a salvo
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